O sempre ótimo Brainsstorm #9 fez um post sobre os palcos das duas bandas mais inovadoras hoje, o Nine Inch Nails e o Radiohead.
As 2 bandas buscam tornar seus palcos, um show a parte. Interatividade com a música, com os integrantes, com a platéia etc. O NIN e o Radiohead, não querem ser só mais uma banda tocando em cima de palco, querem fazer com que seu público tenha uma experiencia, não mais assista o show, querem que eles participem, vivam o show. E é isso hoje que é o diferencial, o modelo tradicional de shows não esta vendendo mais como era antes. O Radiohead, em sua turne na america látina em todas a cidades menos o RJ tiveram ingressos esgotados, e são no mínimo 30 mil pessoas por show. O Oasis que toca amanha, sem nenhuma grande inovação no palco ou no seu show, não esgotou ingresso em locais para 18 mil pessoas.
Por isso, as bandas precisam quebrar esse paradigma e investir na produção de seus shows, fazer como Daft Punk, Kanye West, Madonna, que não fazem mais um show de música, e sim o espetáculo tecnologico, interativo musical.
Segue abaixo o post na integra:
Muita gente ficou impressionada com o palco do Radiohead quando viu os shows aqui no Brasil. Eu fui uma delas, o que me despertou a curiosidade de descobrir quem era o responsável pelo desenvolvimento daquilo.
Toda a produção é de uma empresa chamada Element Labs. E os caras não são novatos. Entre os palcos que já produziram estão o de nomes como Led Zeppellin, Daft Punk, Red Hot Chili Peppers, Madonna, etc, e eventos como SuperBowl, MTV Movie Awards, Grammy, entre tantos outros.
O do Radiohead, especificamente, utiliza um tipo de luz chamada Versa TUBE HD, criando uma cortina 3D de 7 metros de largura por 9 de altura. O equipamento ainda atende uma exigência da banda, realizar uma tour livre de emissão de carbono e ser ambientalmente responsável. Com 36 pixels de resolução por metro, os tubos de luz consomem apenas 56 watts por metro quadrado.
Essa verdadeira parede de luzes e cores em movimento pode exibir qualquer tipo de informação gráfica. Efeitos de softwares comuns como Flash, Photoshop e After Effects são entendidos pelos LEDs, então o que aparece no monitor é o que será mostrado no palco. Nesse PDF você pode entender cada detalhe da estrutura, do transporte a montagem, e mais sobre a proposta de uma tour carbono-zero.
Claro que de nada adianta a tecnologia sem saber o que fazer com ela, é aí que entra o designer de luzes e imagens Andi Watson, que acompanha a banda há alguns anos. Ele é que criou no show do Radiohead cada intervenção luminosa, e a maneira como tudo flui de acordo com a música que está sendo tocada, incluindo aquele efeito em “Creep” que explodiu a cabeça de todo mundo.
Outro grande exemplo que merece destaque é a produção dos shows do Nine Inch Nails. A atual edição da revista Creative Review traz o especial The Annual, é uma seleção de nove trabalhos criativos de destaque em 2008, e um deles é justamente a turnê “Lights in the Sky” da banda de Trent Reznor.
O palco se transforma em um verdadeiro ambiente interativo, e é de responsabilidade do estúdio canadense Moment Factory. A instalação permite que a própria banda intervenha nos gigantescos painéis com vídeos e luzes durante o show. Tanto o som, como os movimentos e posições dos integrantes podem ser “entendidos” pelo palco.
No vídeo abaixo, a própria Moment Factory conta como foi a criação e o desenvolvimento da estrutura para o Nine Inch Nails. Nesse outro vídeo você pode ver o palco em ação.
São grandes projetos criativos que se destacaram no ano passado, interessantes o suficiente para nos fazer perguntar “quem é que fez isso?”. A realização parece sempre muito difícil de imaginar, até vermos os próprios criadores explicando. Por isso vale conhecer os trabalhos da Element Labs e da Moment Factory.
Um comentário:
sensacional!!!!
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